A ODONTOLOGIA PREVENTIVA NA SÍNDROME DE ASPERGER: ESTUDO DE CASO

Resumo

A Odontologia Preventiva em pacientes com necessidades especiais, particularmente na Síndrome de Asperger, gera incertezas entre os cirurgiões dentistas, principalmente em função das alterações comportamentais, levando-os a optar pelo uso de sedativos e anestesia geral, com frequência, para a realização dos procedimentos. Entretanto, existem estratégias para reduzir o uso da anestesia geral nesses pacientes, tais como comunicação verbal e não verbal, reforço positivo social, técnica: dizer, mostrar e fazer e incentivo da família ou responsável pelo paciente no ambiente familiar. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi descrever o caso de um paciente com Síndrome de Asperger, em que a Odontologia Preventiva foi abordada desde os primeiros anos de vida. Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas, acompanhamento de consulta, análise do prontuário do paciente e de seu histórico odontológico. Os resultados mostraram que o paciente apresentava boa saúde bucal e nunca necessitou do uso de sedação e anestesia geral. Com o presente estudo concluiu-se que é possível obter sucesso no emprego da prevenção, não sendo necessário o uso de técnicas extremas como a anestesia geral, a partir do engajamento da tríade paciente-responsável-profissional com a instrução e condicionamento do paciente tanto no consultório odontológico como no ambiente domiciliar.