AUTOMEDICAÇÃO: UM RISCO PARA SAÚDE?
Resumo
Dentre as razões que levam um indivíduo a se automedicar, destaca‐se a dificuldade de acesso aos serviços básicos de saúde e ao profissional responsável pela prescrição do medicamento, porém tal prática pode trazer consequências não desejáveis aos que optam por praticar a automedicação. Na presente pesquisa objetivou-se avaliar a cultura da automedicação por parte de usuários de mídias sociais e de identificar as principais queixas de saúde e fatores associados que levaram a adesão a tal prática, utilizando-se como instrumento de coleta de dados um questionário on-line disponibilizado em uma plataforma virtual, acerca da adesão à prática da automedicação e as possíveis consequências não desejáveis decorrentes desse processo. A amostra foi constituída por 119 indivíduos com acesso as redes sociais e que atendiam. Evidenciou-se que a automedicação é constante na amostra estudada (99%), tendo-se optado por tal prática principalmente para controle de dores de cabeça, com predisposição para uso de dipirona como medicamento de primeira escolha, porém a maioria dos participantes (74%) já fez uso de sobras de medicamentos, sendo também majoritária (79%) a proporção de indivíduos que já havia indicado algum medicamento para conhecidos ou que já tinha feito uso de medicamentos por indicação de outra pessoa pertencente ao seu ciclo social, permitindo concluir que se faz necessária uma conscientização da população quanto à adesão a um uso mais racional de medicamentos, como forma de minimizar os riscos inerentes a essa prática, mesmo em se tratando de medicamentos que apesar de serem de venda livre, podem trazer riscos importantes para a saúde pública.
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